Mudar de "casa"

No 1º dia, tal como em todos os primeiros dias, de todas as relações, não me apercebi muito bem do que significava.
A excitação do novo lugar sobrepunha-se e a primeira memória que tenho, além da rampa interminável, é da ideia romântica de uma casa de banho mista, igual à da Ally Mcbeal onde toda a gente se encontrava. Por aí, já devem ter percebido que se passaram alguns anos. Quase 8 para ser mais precisa.
Desde então foi literalmente a minha segunda casa e por vezes até mesmo a primeira. Tantos momentos, tantas recordações, tantas pessoas especiais, enfim, tanta vida da minha vida que aqui passei. Tanta, que até acabou por ser aqui que conheci a metade da minha vida.
Lembro-me perfeitamente da primeira saída em reportagem, da primeira noitada na edição, da 1ª reunião em que achei que era exactamente o que queria fazer, do primeiro choro, da primeira vitória e até da primeira (e felizmente única) vez em que me apontaram uma arma?!
Foi bom enquanto durou. 8 anos que continuam agora noutro lugar, onde também espero construir tantas outras boas memórias.
Mas porque raio é as mudanças me custam tanto?!