"...Mas desistir, desistir mesmo, é coisa que custa. Porque por mais berros que se dêem, por maior que seja a vontade de voltar costas e deixar o outro a papaguear sozinho, quando se gosta respira-se fundo. Conta-se até 320. Faz-se um esforço de memória para relembrar só que é bom. E, sobretudo, sabe-se que o dia seguinte será sempre melhor, mesmo que à noite haja palavras tortas e costas voltadas. Sou feliz muitas vezes, quase sempre, mas não sou feliz todos os dias. E sim, às vezes é tamanha a embirração, tamanha a ira, tamanha a falta de paciência para o que não é bom, que dá mesmo vontade de atirar pratos ao chão e gritar "FARTEI-ME!". Nunca parti pratos, já me fartei algumas vezes. Mas nunca as suficientes para bater com a porta de vez. Fica só ali ligeiramente encostada até que um tenha a presença de espírito suficiente para a abrir outra vez..."
O post completo aqui. Que texto brilhante e sobretudo maduro. Que é como me tenho sentido. Madura, entenda-se:)
terça-feira, 11 de maio de 2010
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